Derrotados…

 

O pior é que tem gente que vai dizer que quem perdeu foram os grevistas….

Notícias da Paralisação

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Hoje 10 de Junho, em assembléia realizada na FATEC São Paulo, embaixo da janela do Prof. Ângelo Cortelazo, enquanto eram fotografados das janelas janelas da CESU (sabe-se lá com que motivo) os trabalhadores das FATECs e ETECS optaram unanimimente por permanecer em greve até segunda-feira, quando farão nova assembléia, após conhecer a proposta do governo.

Somente após conhecer a proposta. Não antes.

A decisão dos trabalhadores foi prontamente acatada pelo sindicato.

A luta continua!

Jornais de Catanduva estampam na capa protesto contra o governador Alckmin

Governador em Catanduva e Potirendaba

O governador Geraldo Alckmin esteve em três cidades da região de Catanduva no dia 08/06. Os professores e funcionários em greve da ETEC Elias Nechar de Catanduva, estiveram protestando em duas delas: Catanduva e Potirendaba.

Nas duas cidades estiveram com suas faixas em punho, e, em ambas, o governador recebeu o recado. Em Catanduva, de manhã, ele foi interpelado, e os grevistas solicitaram que ele desse atenção especial a real situação do Centro Paula Souza e de seus trabalhadores, como resposta que ele afirmou estar fazendo o possível.

O Regional: Professores da ETEC realizam protesto na visita de Alckmin

O Regional: Professores da ETEC realizam protesto na visita de Alckmin

À tarde, em Potirendaba, o governador Alckmin deu uma entrevista para a imprensa, e uma repórter, lembrada pelos professores presentes, perguntou sobre a greve das Etecs e Fatecs. Alckmin falou que a greve “É MUITO PEQUENA” e lembrou novamente “qual categoria do funcionalismo público teve 11% de reajuste?”, essa afirmação foi imediatamente rebatida pelo nosso funcionário Miquéias, que falou: “Depois de 6 anos sem reajuste! Divida 11 por 6 anos governador!” deixando-o numa saia-justa.

Alckmin falou também que o governo está aberto a negociação (o que sabemos até aqui é mentira) e sobre o novo plano de carreira (que sabemos é uma piada, veja aqui os desenhinhos).

Ao final do ato Alckmin foi novamente abordado pelos grevistas que lhe lembraram que o ex-secretário de Desenvolvimento e vice-governador Afif Domingos estava comprometido no mês de março em investir em QUALIDADE no Centro Paula Souza e, se os trabalhadores poderiam esperar o mesmo do novo secretário, Paulo Barbosa e do governo em geral.

Bom Dia Catanduva: Manifestante faz protesto contra paralizção de escolas técnicas durante fala do governador.

Como esperado o governador disse que sim…e novamente citou o plano de carreira fictício… Aparentemente esse plano de carreira é a nova menina dos olhos do governador para o Centro Paula Souza… Será?
O certo é que nós estamos incomodando e muito o governo…

Vejam as fotos:

Catanduva e Potirendaba [08/06/2011]

VÍDEO: Profa. Amanda Gurgel fala da greve nas FATEC/ETC

Ela luta lá, nós lutamos cá. Um dia a realidade vai mudar.

A Profa. Amanda Gurgel apoiando a luta dos trabalhadores do Centro Paula Souza

A Profa. Amanda Gurgel no vídeo que acordou o Brasil para o problema da educação

 

Mi plano, su plano.

Amanhã, em 10/06/2011, o Centro Paula Souza deve divulgar um novo documento sobre o plano de carreira. A principal reivindicação do movimento grevista é um aumento salarial real, que recomponha as perdas dos últimos 6 (seis) anos, mas vale à pena lembrar dos últimos desenhinhos que eles apresentaram como “plano de carreira” em 02/06/2011.

Documentos Absurdos! [02/06/2011]

Questionário para os colegas indecisos sobre a greve das FATEC/ETEC

Você tem um bom salário no CPS?
( ) SIM ( ) NÃO

11% sobre esse salário que você ganha está bom para você?
( ) SIM ( ) NÃO

Você tem plano de saúde ou algum tipo de assistência médica?
( ) SIM ( ) NÃO

Você tem direito a dissídio anual no CPS?
( ) SIM ( ) NÃO

Você tem um plano de carreira claro, justo e coerente?
( ) SIM ( ) NÃO

Você se sente valorizado no CPS?
( ) SIM ( ) NÃO

Esses são os principais motivos que alavancaram nosso movimento grevista.
Se você respondeu não para todas as perguntas e é um daqueles colegas que continua trabalhando, acredito que estejas do lado errado.
Você é um daqueles que dizem que greve não leva a nada? Respeito sua opinião, desde que me apresente uma alternativa, você conhece outra forma? Só falar é muito fácil, vocês vão falar que precisamos negociar! Mas, porquanto tempo, afinal já faz cinco anos.
E aí????? Você acha que um dia o governador vai acordar e dizer: puxa vida, precisamos ver a situação daqueles pobres professores do CPS!

(questionário elaborado pelo professor Dalmácio)

Dicionário de GREVE – Parte I : o “Pelego”

Hoje o dicionário do “Circo Sem Pão” apresenta o significado da palavra pelego.

pelego, s.m., (do espanhol pellejo)

(1) Pele de carneiro a que se deixa ainda aderente a lã. (Serve para tapete, ornamentação etc.). (2) Bras. Cobertura feita dessa pele, usada como xairel, sob o assento do cavaleiro. (3) Bras. Tapete feito dessa pele. (4) Bras. Chicote. (5) Bras. Fig. Indivíduo subserviente. = capacho. (6) (Popular, pejorativo, neologismo) pessoa/entidade que visa ocupar os espaços de representatividade de determinada categoria de modo a barrar as lutas/mobilizações da mesma em prol de um outro grupo opressor.

Ou seja, o termo pelego, originário do Sul do Brasil, referia-se originalmente a um tipo de tapete, um capacho, que também era utilizado sobre as montarias, para as tornar mais macias e confortáveis ao cavaleiro.

É fácil entender como o termo evoluiu para seu significado pejorativo, sendo usado hoje para denominar de pessoas servis a membros de sindicato que agiam sob inspiração do Ministério do Trabalho, ou de políticos e patrões.

O pelego é aquele sujeito sobre quem o empregador se apóia para tornar mais confortável sua montaria, nesse caso o trabalhador. O pelego é isso, o trabalhador que aceita, servil, ser suporte para as largas nádegas do patrão, atraiçoando os colegas em busca de benefícios e vantagens apenas para si.

Por exemplo, a utilização perfeita do termo seria aplicada aos dez diretores, que se prestaram ao papel ridículo de “negociar” com a direção do Centro Paula Souza, tomando o lugar do sindicato que legitimamente representa os trabalhadores.

Além desses dez diretores, também são pelegos a meia dúzia de sem vergonhas que querem ameaçar e coagir os trabalhadores em greve, mesmo sabendo que isso é ilegal (e que não será esquecido).

Uma greve é um movimento de luta onde se testam os brios de cada um, mas também é uma verdadeira fábrica de tapetes.

Situação da Greve na FATEC de Carapicuíba

Recebemos hoje o e-mail abaixo da FATEC de Carapicuíba.
(outras unidades que quiserem informar seus dados podem escrever para nós pelos comentários)
“Prezados Colegas Professores da FATEC-Carapicuíba
Informo que nesta data apuramos a seguinte situação:
1) Do total de 74 professores da FATEC-CPB, temos 85% em greve;
2) Entre os professores que não aderiram à greve, estão os que ocupam cargos de confiança;
3) O prof. Luiz Henrique aderiu ao movimento nesta data (07/06);
Agradecemos aos colegas pela unidade e força neste momento.
Docentes da FATEC de Carapicuíba”

Como foi a Assembléia de hoje (06/06) na FATEC de Botucatu na “minha” opinião!

Segue mensagem postada pelo “Palhacinho do Governador” no site “Alunos da FATEC de Botucatu” narrando como foi que a FATEC de Botucatu saiu da greve (ou foi saída).

Na minha opinião, o que aconteceu hoje foi a maior das palhaçadas com os professores, funcionários e alunos que estavam mobilizados e engajados nesta batalha. Muitos “cordeirinhos” do nosso querido diretor, apareceram de repente, sem nunca ter se manifestado antes e claramente não dando a mínima até então ao movimento de GREVE que vinha ocorrendo. E somente após serem CONVOCADOS  pelo nosso digníssimo diretor para claramente se mostrar em maior número e acabar com o movimento de GREVE que até poucas horas atrás vigorava. A desculpa esfarrapada de passar para o ESTADO DE GREVE para aguardar as decisões do governo não desceu pela garganta de ninguém. Todos sabem que esse foi um golpe traiçoeiro pelas costas, e o pior, por colegas de luta. Claramente ameaças e cobranças nos bastidores mexeram com a cabeça de muitos funcionários e professores, que sucumbiram a esse VOTO DE CABRESTO mal disfarçado.

A unica palavra que passa pela nossa cabeça é VERGONHA.  Quando o SINTEPS apareceu com a lista de pessoas que seriam a favor da GREVE mais de cinquenta por cento das pessoas assinaram. MAS QUE VERGONHA, botar o nome numa lista é fácil, mas na hora de lutar e mostrar coragem… poucos prosseguem. E agora, como alunos, com que cara ficamos perante esses homens que estão ali ensinando coisas que não praticam? VERGONHA meu Deus, VERGONHA.

Porém, vamos carregar conosco em  nossos corações e por toda a nossa vida, o sentimento de orgulho a aqueles que lutaram até o fim, até o último segundo. São esses companheiros que mostraram tudo sobre os verdadeiros valores que precisamos nessa sociedade, são esses que realmente nos dão exemplo do que é ser cidadão. A esses muito obrigado, o orgulho que vocês acenderam em nós jamais será apagado. Contém conosco para o que precisarem, sempre que precisarem.

De agora em diante, 10 é o número da coragem, e 33 é o da vergonha. 

Ass.: Palhacinho do Governador.“.

 

 

Nota do Jurídico do Sinteps

Além da nota abaixo, cabe lembrar aos trabalhadores:

  • Neste quinto dia útil de junho, estamos recebendo o salário referente à abril, logo, anterior à greve
  • As faltas que estão sendo lançadas nos livros pontos, referem-se à maio (a partir do dia 13, inicio da greve)
  • O SINTEPS já deu entrada no pedido de mandato de segurança para garantir aos trabalhadores seu direito legitimo ao salário do período de greve.
  • Após impetrado o mandato de segurança, o Juiz de Deireito tem 24 horas para determinar o pagamento imediato dos dias parados por conta da greve.
  • Sobra tempo, já que o salário referente ao mês de maio, só será pago em JULHO, para a justiça enviar essa determinação
  • Existe jurisprudência e sempre, a justiça determina o pagamento destes salários por considerar anti-democrático o corte salarial e por considerar o salário dos trabalhadores, elemento vital dos mesmos (alimentação, saúde, etc..)
  • Concluindo: Ninguém terá os dias em greve descontados nem receberá atrasado esses mesmos dias.
Leiam a nota abaixo que é de extrema importância e ENCAMINHEM ESTE E-MAIL A TODOS OS TRABALHADORES DO CEETEPS:

http://www.sinteps.org.br/news0290.html

Nota do Jurídico do Sinteps

3/6/2011

Sabemos dos problemas que o Ceeteps está causando à categoria por conta da greve. Sabemos que estão substituindo os professores grevistas, que estão ameaçando todos com demissões e outras atrocidades. Por conta disso, tomamos algumas medidas judiciais para evitar tais aborrecimentos e para responsabilizar o Ceeteps por todos os prejuízos que vier a causar.

Vamos às explicações: o direito de greve está previsto na Constituição Federal, que, além de tudo, estabelece que a lei irá regulamentá-lo. Em 1989, foi publicada a Lei 7.783/89, que regulamenta a greve na iniciativa privada, mas nunca foi publicada lei para greve da administração publica.

Várias entidades sindicais entraram no Supremo Tribunal Federal com Mandado de Injunção, para forçar o Legislativo a regulamentar a greve na administração pública. O Congresso foi notificado pelo STF e nada fez. Então, o STF resolveu o problema autorizando os servidores públicos a fazerem greve, utilizando como base a lei da iniciativa privada.

Referida lei proíbe a contratação ou substituição de trabalhadores em greve, proíbe também a negociação direta do empregador com os empregados, mesmo que através dos prepostos, no caso os diretores de unidade etc.

Cientes dos abusos cometidos pelo Ceeteps na condução da greve, propusemos uma MEDIDA CAUTELAR, com intuito de coibir esses abusos, pedindo a intervenção judicial para proibir a substituição dos professores e funcionários em greve, bem como para obrigar o Ceeteps a negociar com o Sinteps, ao invés de partir para o corpo a corpo com os grevistas.

Em relação ao pagamento dos salários dos grevistas, isso irá depender da negociação que iremos fazer com o Ceeteps, mas a lei assegura o pagamento se houver um acordo entre as partes. O pagamento só não ocorreria se a greve for considerada abusiva.

Tomamos ainda o cuidado de denunciar as irregularidades e desrespeito à lei ao ministério Publico Estadual e à OIT – Organização Internacional do Trabalho, para que tomem as providências cabíveis contra o Governo do Estado e o Ceeteps.

Logo, colegas, não se preocupem. Tudo o que é possível juridicamente ser feito em beneficio da categoria, em especial agora, na proteção dos servidores em greve, está sendo feito. Manteremos todos informados, mas precisamos também que vocês denunciem eventuais irregularidades ocorridas nas unidades, para que possamos defendê-los.

(Jamil Hassan,  Da assessoria jurídica do Sinteps)